domingo, 18 de setembro de 2011

Hotel Copacana Palace e Edifício Praia do Flamengo

Por Daniel Athias e Letícia Dias
Orientação da Prof. Maria Cristina Cabral

Durante os meses de julho e agosto, além de darmos continuidade à digitalização do modelo volumétrico do Copacabana Palace, fachada do Edifício Praia do Flamengo e plantas começamos a elaborar a apresentação do trabalho para a Jornada de Iniciação Científica deste ano. Para isso, foi necessário organizar o material adquirido e, também, o que foi produzido em seis eixos específicos, a saber:

  • Dados gerais - apresentação da ficha referente aos edifício;
  • Inserção urbana – reúne fotografias e projetos de alinhamento, que demonstram a evolução urbana e as transformações provocadas nas adjacências das construções;
  • Espacialidade - contém as plantas produzidas e demarcações de usos , que demonstram aspectos culturais do período e compõem um processo de transformação da moradia carioca. Neste tópico, ressaltam-se, também, comparações com outros hotéis e comparações com edifícios multifamiliares e a funcionalidade espacial do interior dos edifícios;
  • Programa - onde se encontram as análises realizadas sobre a edificação, baseadas na tese “Uma História da Habitação Coletiva na cidade do Rio de Janeiro – Estudo da Modernidade Através da Moradia” e no livro “A História dos Bairros: Copacabana”. O objeto do estudo foi comparar com edifícios de mesma funcionalidade e da mesma época, exaltando o Copacabana Palace como edifício ícone e catalizador do entorno em questão;
  • Tectônica – neste item, está inserida uma análise de composição das fachadas e de ornamentação, baseadas na linguagem clássica e no estilo Luís XVI, muito referenciado nas obras do arquiteto Joseph Gire, e ainda no Edifício Praia do Flamengo uma análise estrutural;
  • Referências – por fim, listam-se as fontes bibliográficas do trabalho.
Fachada do Edifício Praia do Flamengo.

As maiores dificuldades encontradas foram com a própria diagramação e exposição do material. Além disso, o desenho do projeto exige, ainda, muito trabalho, já que faltam informações essenciais à análise que se pretende realizar. Além disso, há problemas com o material já obtido, como, por exemplo, plantas e fachadas discordantes e pouca legibilidade da planta de um determinado pavimento do Edifício Praia do Flamengo.

O maior desafio, neste momento, é organizar e analisar todo esse material e expor os resultados, de forma apropriada, na Jornada de Iniciação Científica em outubro.

domingo, 11 de setembro de 2011

A Paisagem Gráfica do Largo da Carioca

Por Andrea Baran e Jonas Abreu
Orientação dos Profs. Joy Till e Roberto Segre

Nesta etapa da pesquisa iniciamos a realização dos mapas de estudo. Devido à grande dimensão da região do antigo Morro Santo Antônio, dividimos a grande área de estudo em subzonas para viabilizar estudos mais aprofundados: Largo da Carioca, Rua do Lavradio, Lapa, e os arredores das Av. República do Chile e do Paraguai.

Dessa forma, optamos por iniciar a análise pelo Largo da Carioca, marcando então uma terceira visita ao local de estudo. Metodologicamente, decidimos montar um mapa para levar à visita e nela fazermos anotações. Para isso, partimos da planta cadastral em DWG e finalizamos no Adobe Illustrator, além de termos levado imagens do Google Maps e Earth para conferir e comparar com os dados da cadastral e da realidade atual.

Na visita, registramos nossas impressões através de fotografias, vídeos e anotações usando os mapas. As imagens foram tomadas no nível da calçada e no nível do Convento de Santo Antônio que, por estar mais elevado, promoveu uma ampla visão do Largo como um todo. Deste forma, conseguimos identificar melhor a dinâmica dos principais fluxos de veículos e pedestres, assim como o intenso comércio popular, artistas e moradores de rua que ocupam diariamente a área.

A partir dos registros da visita e da análise do lugar, tivemos subsídios para atualizar e retificar algumas informações da planta cadastral e do Google, que não estavam condizentes com o que observamos. O mapa resultante da visita ainda precisa ser finalizado,  onde deverá ser criada uma legenda e também de ícones representativos dos principais elementos do lugar. 

Mapa resultante da visita ao Largo da Carioca.

Levantamento Histórico do Morro de Santo Antônio

Por Gabriela Plácido e Luíza Sertã
Orientação do Prof. Roberto Segre

Durante o mês de julho, o trabalho se voltou para a digitalização de slides do Prof. Segre que foram utilizados na palestra ministrada por ele no Congresso Mundial de Art Déco, no Rio de Janeiro. Também foram feitas revisões do texto da cronologia do Morro.

No início de agosto, nos direcionamos para a organização do material que ilustrasse todo o avanço obtido na pesquisa, como mapas e fotos para a construção do relatório que teria que ser enviado à FAPERJ. Posteriormente, trabalhamos na montagem da apresentação da palestra do Prof. Segre, obtendo e tratando imagens, escolhendo os slides escaneados e montando a apresentação.

Antiga favela no Morro de Santo Antônio. Fonte: Arquivo Nacional.
Continuamos a recolher os materiais encontrados nos diversos acervos consultados, como os solicitados no Arquivo Nacional. Foi necessário o retorno ao Arquivo da Cidade para a pesquisa da data das fotos obtidas anteriormente, para que tenhamos precisão das informações. Estamos iniciando agora a organização por datas de todo o material adquirido, para complementar a análise dos planos e PAs, ilustrando a análise que Segre fez de cada um deles.

Banco de Dados em Arquitetura e Urbanismo

Por Cecília Batista e Leandro Martins
Orientação do Prof. Rodrigo Cury

Em nosso primeiro mês de trabalho, começamos conhecendo o LAURD e as pesquisas realizadas por sua equipe. Tendo em vista a infinidade de material que o laboratorio dispõe, ficou evidente a necessidade de divulgação e disponibilização desse material. Com isso, nossa primeira tarefa será a criação de um site institucional para o LAURD.

Para isso, primeiramente, tivemos que pesquisar sobre sites de laboratórios parecidos com o nosso. Em seguida nossos esforços se concentraram em encontrar o melhor software para a construção do site. Fomos direcionados a dois programas: o Wordpress e o Joomla. Devido ao maior número de possibilidades (mais recursos disponíveis e mais fácil utilização), o Joomla foi escolhido < http://www.joomla.org/ >.

O sistema Joomla com a estrutura do site institucional do LAURD.

A partir da instalação do programa, começamos a tentar desvendar a ferramenta que tínhamos em mão. Por se tratar de um software com estrutura muito rígida, começar a criar o site foi uma tarefa complicada. Depois de um tempo, começamos a nos entender com o programa e, consequentemente, a produzir.

O primeiro passo foi encontrar um template que servisse bem aos nossos propósitos. A partir daí, a organização foi sendo feita a partir dos menus, módulos e categorias. Porém, devido à proximidade da Jornada de Iniciação Científica, tivemos que parar a exploração do Joomla para ajudar na criação de aplicativos de interação para as apresentações das equipes. Estes aplicativos consistem em criar modos de exibição do conteúdo de maneira interativa, através de HTML.

Os primeiros esboços do site do LAURD.

Rua da Carioca: Investigação de mapas de 1870

Por Juliete Reichert e Luisa Teixeira
Orientação do Prof. Naylor Vilas Boas

A pesquisa para a reconstrução digital da Rua da Carioca no século XIX teve início no meio do mês de agosto, partindo da análise e comparação de dois mapas que representam a área. Um dos mapas contém informações sobre os lotes no ano de 1870, enquanto o outro, o Mapa Architectural de 1874, apresenta as fachadas das edificações da rua rebatidas no plano do mapa. Com essas informações, pretendemos modelar a rua neste período de fins do século XIX antes da reforma de Pereira Passos.
 
Mapa Architectural do Rio de Janeiro, 1874. Em destaque, a Rua da Carioca.

No processo de comparação dos mapas algumas dificuldades surgiram, como a adequação em escalas semelhantes (os mapas não apresentam escala gráfica), a curvatura e largura da rua. Para realizar a comparação, inicialmente localizamos o recorte do Mapa Architectural dentro do mapa de lotes e contamos o casario em cada lado da rua, para reconhecer o limite de nossa análise. A partir disso, tentamos aproximar as escalas através de uma sobreposição dos mapas. Outro problema foi a a largura do lote em relação às fachadas rebatidas do Mapa Architectural, que não necessariamente apresentam seus contornos paralelos quando sobrepostos.

Planta da Cidade do Rio de Janeiro, 1870. Em destaque, a Rua da Carioca.

Como resultado, a maioria das edificações encaixou dentro dos lotes, exceto pelo casario na extremidade esquerda dos mapas, cuja testada do lote não apresenta o mesmo tamanho da largura da fachada das casas. Porém, a contagem de casas foi coerente nos dois mapas, sendo que tanto no mapa dos lotes quanto no Architectural o casario norte (lado direito da rua) apresenta 66 construções e o casario ao sul apresenta 48, apesar de os lotes não serem rigorosamente do mesmo tamanho.

Nas próximas etapas da pesquisa, iremos buscar outras fontes e dados iconográficos que nos deêm mais informações sobre esse período, como fotografias, para que seja possível coompreender de forma mais completa a constituição da Rua da Carioca. Isso significa que as próximas semanas serão dedicadas a pesquisas em arquivos e acervos, além da já iniciada modelagem digital de ícones importantes que existiram no Largo da Carioca: o Hospital da Ordem Terceira da Penitência e o Chafariz da Carioca.

Análise Gráfica do Morro de Santo Antônio: Definições e Aprimoramentos

Por Bianca Casale e Maria Elisa Viana
Orientação dos Profs. Roberto Segre e Naylor Vilas Boas

Nos meses de julho e agosto foi revisada a análise da PAA 946 do ano de 1916. A partir das sugestões feitas na reunião mensal do laboratório, aprimoramos a forma de como fazer essa análise e critérios para melhor entendimento dos dados apresentados. Testamos fazer a mesma análise em dois programas diversos: O Illustrator e o Corel Draw X5, desta forma pudemos comparar os benefícios e problemas de cada programa.

Análise gráfica do PAA 946 de 1916.

Ao mesmo tempo, retomamos o processo de montagem da PAA 3612 - da qual identificamos ser uma PAA ‘referência’, já que atualiza diversos outros planos mais antigos. Esta é a última PAA que precisa ser montada nesta etapa do trabalho, e consiste em 25 partes. Nesse processo, conseguimos reparar os erros encontrados nos arquivos baixados pelo site da Prefeitura referentes a esse projeto. No mês de setembro, daremos início ao tratamento dessas imagens, a fim de padronizar todas e transformá-las em um único documento.

Montagem das 25 partes que componhem o PAA 3612.

Também avançamos na análise dos demais Projetos de Alinhamento. O PAA 12 (1903) e o PAA 1103 (1916) já estão finalizados. Durante o processo de obtenção de dados e montagem, definimos uma faixa de tempo que consistia entre as décadas 1920 a 1940, mas agora, no período de processamento de informações, optamos por redefinir o período entre as décadas de 1900 a 1930, pois neste período finaliza-se os planos de embelazamento do Morro de Santo Antônio. Dessa forma, podemos direcionar e focar a pesquisa para obter melhores resultados e organizar a computação de dados.

Análise do PAA 12, de 1903.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Novos Passos na Paisagem Gráfica da Cidade

Por Mariana Alvares e Andrea Baran 
Orientação dos Profs. Joy Till e Roberto Segre

Nesse mês finalizamos as correções do material que temos no Flickr, adicionando novas taggs e organizando o material pelos álbuns. Criamos alguns novos que trouxeram uma maior articulação para o material visando facilitar sua compreensão. Auxiliamos a Prof. Joy preparando material para a exposição do Parque Lage, cujo tema é o mesmo da tese, que será realizado em julho. 

Mais informações no site http://cotidianoemobilidade.wordpress.com

Selecionamos o que chamamos de “tags mães”, que são as mais abrangentes e construímos apresentações delas no Wordle.


Na apresentação da Jornada de Iniciação Científica em 2010 embasamos a pesquisa pela organização a partir das camadas. Nesse mês, demos partida para uma nova forma de organização com a coleção dos emissores, que se organiza em diferente álbuns, ilustrados no esquema abaixo.


A partir de agora vamos focar na realização dos mapas da área de estudo já definida. Iremos representar os fluxos, os principais edifícios, e os elementos de orientação em geral. Será um estudo da maneira como o pedestre percebe a cidade. O estudo e a compreensão da área está sendo feita baseando-se nas fotografias e suas taggs que estão no Flickr.


Pesquisa nos Arquivos sobre o Morro de Santo Antônio

Por Gabriela Plácido e Luiza Sertã 
Orientação do Prof. Roberto Segre

Durante o mês de junho, prosseguimos a pesquisa dos Projetos de Alinhamento existentes na Prefeitura do Rio, estabelecendo como parâmetro projetos com data de até 1930, para iniciar uma análise de todas as informações obtidas até esta data, sintetizando-as, e posteriormente continuar a pesquisa a partir de 1930.

Espaço aberto no centro do Rio com o desmonte do Morro de Santo Antônio (fonte: AGCRJ).

Dando continuidade ao aprofundamento de materiais iconográficos, fomos ao Arquivo Nacional, onde encontramos mapas antigos e fotos do período de desmonte do Morro feitas pelo Correio do Amanhã. Retornarmos ao Arquivo da Cidade para buscar fotos, produto da pesquisa anterior, e iniciamos nova pesquisa de fotos do entorno. Houve certa dificuldade na obtenção de informações específicas, como edifícios do entorno,  projetos específicos e a favela que existiu no Morro.

No âmbito do levantamento das atividades que aconteciam no Morro, marcamos uma conversa com um pesquisador do atual Observatório do Valongo, que anteriomente estava instalado no alto do Morro de Santo Antônio  e se chamava Observatório Astronômico da Escola Polytéchnica.

Finalizamos o mês com uma discussão sobre a melhor maneira de sintetizar todas as informações obtidas até então, que será realizada com a produção de mapas e esquemas.

Análises Gráficas e Documentação Histórica do Morro de Santo Antônio

Por Bianca Casale e Maria Elisa Viana 
Orientação dos Profs. Naylor Vilas Boas, Roberto Segre e Gilson Koatz

Este mês, a pesquisa foi direcionada para a montagem e análise dos planos, fazendo um recorte entre o período de 1900 a 1930. Foi organizada em três etapas: Aquisição de dados, Montagem e Processamento, que descrevemos abaixo:

Aquisição de dados
A partir do site http://www2.rio.rj.gov.br/smu/ e da aquisição na Sede da Prefeitura, estamos montando um acervo próprio, com plantas digitalizadas e impressas. Este mês, através do site, conseguimos novos planos digitalizados, além dos planos impressos adquiridos pelas bolsistas Gabriela Plácido e Luiza Sertã na sede da Prefeitura. Futuramente, a ideia é padronizar todo esse acervo em um formato único de documentação.

Montagem
Essa parte do processo consiste em reunir em um único documento padrão os planos digitalizados pela Prefeitura. As montagens foram finalizadas e organizadas em mesmo padrão de impressão e arquivo. Tivemos problemas em finalizar a PAA 1549, sendo necessário recorrer a Prefeitura ou a PAA posterior, da qual faz referência, a PAA 3612.

O PAA 946, datado de 1916.

Processamento
Iniciamos essa etapa estabelecendo as categorias de análise de cada PAA, são elas: Construções, Prédios Públicos, Limite da Topografia, Sistema Viário Existente e Sistema Viário Projetado. A principio foram essas as categorias estabelecidas, mas estão sujeitas a modificações e ampliação no decorrer do processamento. Numa primeira análise, optamos por destacar essas categorias por massas, para obter uma vista geral de importância dos diversos planos. O primeiro objeto de análise foi o plano mais antigo, datado de 1916.

O mesmo PAA após o processamento, com as informações separadas e realçadas.

Continuamos atualizando a tabela que organização do andamento do trabalho e criamos uma tabela para controle geral de dados. A partir dela pudemos ter uma visão geral das revisões de cada plano, organizando-as por ano, tipo de arquivo, localização, etc. A coluna de observações na tabela nos permite identificar o caráter projetual de cada plano, nos diz detalhes do projeto e nos direciona para novos PAAs e PALs ainda não vistos.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Arquitetura e Cultura: Joseph Gire no Rio de Janeiro

Por Daniel Athias e Letícia Dias
Orientação da Prof. Maria Cristina Cabral

No mês de junho, com a reorganização do laboratório, ficamos alguns dias sem dar continuidade as plantas e modelo. Assim, fizemos levantamento de alguns Projetos de Alinhamento, que servem para entendermos o entorno dos edifícios em estudo (no caso do edifício Praia do Flamengo, muito pouco do material existente é aproveitável).

No caso do Edifício Praia do Flamengo, foram realizadas as plantas do térreo e sexto pavimento, com dificuldades em alguns detalhes internos não coincidentes nas plantas, sendo necessário uma visita para poder constatar a realidade.


No Copacabana Palace, foi realizada a fachada posterior, todo o detalhamento de parede do penúltimo pavimento, todas as sacadas do último pavimento, início do detalhamento do arco e do último piso, sendo que as maiores dificuldades no processo foram a lentidão do modelo (que já está muito carrregado) e alguns detalhes ornamentais não identificados em fotos e não mais existentes hoje.


Como planos para este próximo mês, tentaremos marcar, juntamente com a Professora Maria Cristina, uma visita ao Edifício Praia do Flamengo e uma conversa com a professora Lillian Vaz, autora dos livros que servem de base para a analise dos edifícios em estudo.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Iconografia do Morro de Santo Antônio

Por Gabriela Plácido e Luiza Sertã
Orientação do Prof. Roberto Segre


O objetivo inicial na pesquisa era realizar um levantamento histórico de uma iconografia do Morro, procurando informações sobre seus aspectos espaciais, sociais e culturais, o desenvolvimento de seu desmonte e as diversas propostas de projeto para a Esplanada de Santo Antônio. Num primeiro momento, foi realizada uma pesquisa bibliográfica em diversas bibliotecas da cidade a procura de livros, periódicos, artigos e documentos que retratassem algum dos aspectos relativos ao Morro. As bibliotecas pesquisadas foram ao do Paço Imperial, a do IPHAN, do Clube de Engenharia, da FAU-UFRJ e do IPPUR.

Posteriormente, foi realizado um levantamento de fotografias do Morro para a análise das construções que existiam e de como se deu seu desmonte, além do levantamento de mapas antigos da cidade e dos Projetos de Alinhamento da região para a análise do desenvolvimento do traçado urbano do Morro. Nessa etapa fomos aos arquivos do Museu da Imagem e do Som, ao Arquivo Geral da Cidade e na Secretaria de Urbanismo e Meio Ambiente da Prefeitura. Foi encontrado um vasto material sobre o Morro que foi fichado e copiado para melhor manuseio das informações. Dentre esse material damos destaque a Revista Municipal de Engenharia da Prefeitura do Distrito Federal (PDF), periódico publicado de 1932 até 1993, que contém informações abrangentes sobre o Rio de Janeiro enquanto Capital Federal.


Foi encontrado um artigo que tratava do projeto vencedor de um Concurso de Embelezamento do Morro de Santo Antônio, do arquiteto Penna Firme, com a proposta de construção de uma Catedral. Também é importante citar o grande acervo de fotos da cidade do fotógrafo Augusto Malta, que trabalhou como fotógrafo para a prefeitura do Rio de 1900 a 1930, que tem sido fonte valiosa de informações sobre o período estudado.

Arquitetura e Cultura: Joseph Gire no Rio de Janeiro

Por Daniel Athias e Letícia Dias
Orientação da Prof. Maria Cristina Cabral

Foi iniciado neste mês o levantamento do material sobre o Ed. Praia do Flamengo e o Hotel Copacabana Palace, através de pesquisa por imagens e documentos na internet e nas bibliotecas da FAU, do IPPUR e do PGG. Ao mesmo tempo, foram catalogados os dados através do registro fotográfico e da utilização deste material, para complementar as fichas de pesquisa e iniciar o processo de digitalização das plantas do Ed. Praia do Flamengo, utilizando o AutoCAD como recurso básico.


Para o aprofundamento teórico referente ao tema, efetuamos a leitura do "Guia da Arquitetura Eclética do Rio de Janeiro” com o intuito de complementar a ficha para cada edifício; do livro “Característica dos Estilos” e “Reconnaître Lês Façades” para complementar o entendimento sobre o estilo Luís XVI, muito referenciado nas obras de Joseph Gire; do livro “Henri Paul Pierre Sajous: Conceito, Projeto e Obra” para utilizar da metodologia em nosso trabalho; do livro “A História dos Bairros: Copacabana”; e a tese “Uma História da Habitação Coletiva na cidade do Rio de Janeiro – Estudo da Modernidade Através da Moradia”, que são referencias no contexto urbano para cada edificação.


Os resultados obtidos através desse processo foram a digitalização da planta tipo do Edifício Praia do Flamengo e o desenvolvimento da maquete eletrônica do Copacabana Palace já iniciada pelo ex-bolsista Victor Halfen. Também foram complementadas as fichas dos edifícios, e foi feita uma analise comparando o Ed. Praia do Flamengo com os estilos citados nos livros “Característica dos Estilos” e “Reconnaître Les Façades”.

As maiores dificuldades neste processo foram na obtenção de material nas bibliotecas e na digitalização da planta do Edifício Praia do Flamengo, onde haviam dificuldades no encaixe deste compartimento junto à planta geral por conta das imprecisões do documento original.

Modelo Digital de Paraty

Por Arthur Naressi e Bruno Caio de Oliveira
Orientação dos Profs. Naylor Vilas Boas e Rodrigo Cury



No mês de maio foi realizada a conclusão da primeira etapa da pesquisa relacionada a Paraty. Durante a pesquisa, foram desenvolvidos modelos tridimensionais reresentando o município em escalas urbana e territorial, de acordo com diretrizes de versatilidade apontadas pelo prof. Naylor Vilas Boas em sua pesquisa. Foi montada uma apresentação, inicialmente destinada ao grupo de pesquisa da Prof. Raquel Tardin, responsável pelo projeto de extensão onde a pesquisa se vincula, explicando os principais resultados, dificuldades e potenciais. Iniciamos também a produção de um artigo descrevendo a metodologia utilizada nesse trabalho, que está em fase de preparação.


A interação direta com o grupo da Raquel Tardin foi colocada temporariamente em segundo plano e iniciamos um novo direcionamento a pesquisa, voltando as atenções à criação de interfaces gráficas e bancos de dados destinados a abarcar diversas pesquisas desenvolvidas pelo LAURD, tendo como ponto de partida os produtos relacionados a Paraty. Foi feita uma discussão conceitual sobre os processos e possíveis evoluções do meio digital, além de coleta de referências para estes modelos de interação a ser desenvolvido.

Modelagem Digital do Morro de Santo Antônio e da Rua da Carioca

Por Bianca Casale e Maria Elisa Viana
Orientação dos Profs. Naylor Vilas Boas, Roberto Segre e Gilson Koatz

Dando continuidade à pesquisa sobre o Morro de Santo Antônio, foi iniciado um processo de organização dos antigos Projetos de Alinhamento e de Loteamento (PAs e PALs) abrangendo o Largo da Carioca e a Rua da Carioca, disponibilizadas pela Prefeitura do Rio de Janeiro (http://www2.rio.rj.gov.br/smu/). O objetivo é identificar os planos relevantes que foram propostos para a Esplanada de Santo Antônio.

Para o controle e orgnaização do trabalho, foi necessário criar uma tabela com os números das PAAs e PALs, sua situação de download no site, localização e observações a respeito de cada plano para reunir em um mesmo arquivo informações diversas. A partir desse ponto, iniciamos a montagem dos documentos que estavam divididos em três ou mais arquivos escaneados.

Ao mesmo tempo, a partir da digitalização feita pelo bolsista Marllon Sodré, demos continuidade à modelagem digital do Morro de Santo Antônio. Foi feito um trabalho de cruzamento das informações entre dois mapas, onde definimos as curvas de nível originais, bem como os caminhos e sua ocupação inicial.

Uma dificuldade foi representar a curva de nível zero, já que documentalmente ela não foi encontrada em nenhum dos mapas ou planos pesquisados. Foi necessário um trabalho de interpretação das curvas, para definir um limite para o Morro. Definidos os níveis originais, transformamos as curvas em faixas de níveis, escalados em tons de cinza a fim de preparar a base para a futura modelagem 3D.

A Paisagem Gráfica da Cidade

Por Mariana Alvares e Andrea Baran
Orientação dos Profs. Joy Till e Roberto Segre

Desde outubro de 2010, a pesquisa estava direcionada para a análise e classificação das fotos que foram tiradas na visita ao Morro de Santo Antônio. Nesse momento, a Prof. Joy Till, orientadora do trabalho, tomou a decisão de ampliar o local de estudo, que antes estava restrita ao entorno do Largo da Carioca, já que na segunda visita foi analisada a área da Lapa. Com a ampliação das áreas visitadas, está sendo discutida a definição do perímetro de área de estudo. Consideramos importante incluir a Av. Rio Branco e há também discussões com o Prof. Segre da importância da inclusão da Rua do Lavradio.

No mês de maio demos continuidade ao trabalho de organização das fotos das últimas visitas no Flickr , organizando-as através de TAGS e coleções/álbuns a fim de disponibilizar as imagens para pesquisas on line. Cada imagem é classificada através de grupos de tags, anteriormente definidas, tais como "orientação", "sinalização", "camadas", "acessibilidades" etc.

Após serem classificadas, as fotos são atualizadas e localizadas no mapa do Flickr. A idéia é fazer do fotolog uma forma de interação, que as pessoas comentem e que surjam debates sobre a estrutura urbana. As fotografias também foram agrupadas em albuns definidos anteriormente. Os albuns ficam divididos no Flickr em coleções, atualmente duas: "camadas_e_mais_camadas" e "emissores". A organização das TAGS e análise das imagens nos levaram a questionar a necessidade da criação de novas TAGS que classificam situações constantes na área como, por exemplo, o problema social, a segurança e a sinalização dirigida ao condutor.

Nesse momento da pesquisa iremos focar na questão de orientação urbana. Para isso vamos pesquisar modelos já adotados em outras cidades, como Londres e Barcelona. Também iremos pensar em um modo de representação gráfica para o nosso estudo. A idéia inicial é que, a partir de uma base com um mapa da área estudada, sobrepor camadas que analizem os tipos de fluxos, a sinalização na região, edifícios que servem de pontos de referência de localização, mobiliário urbano, etc. Também está planejada uma nova visita ao local de estudo, de modo a focar o olhar para a questão da orientação urbana.


segunda-feira, 6 de junho de 2011

As pesquisas que fazemos

Vamos reproduzir aqui um pequeno trecho do que foi escrito sobre as pesquisas, e que vão ser apresentadas na Jornada de Iniciação Científica em outubro:

De D. João VI a D. Pedro II:
O Caminho das Lanternas no Rio de Janeiro (1808-1852)

O objetivo desta pesquisa foi analisar detalhadamente este percurso, e verificar a imagem criada pelos artistas e pintores, entre os anos 1808 e 1852, dos principais pontos que identificavam a passagem do Rei e posteriormente do Imperador D. Pedro I: a saída da Praça XV pela Rua da Misericórdia, que culminava no Largo da Carioca, seguindo pela Rua do Piolho até o Rossio Grande (Praça Tiradentes). Depois, através da Rua do Conde e atravessando o Campo da Aclamação para chegar ao Caminho das Lanternas (ou Caminho do Aterrado), traçado em uma área de mangues e pântanos. Marcava o final deste percurso a Ponte dos Marinheiros sobre o Saco de São Diogo, que então seguia até a Quinta da Boa Vista.

Catalisadores Urbanos:
O Hotel Copacabana Palace e o Edifício Praia do Flamengo

Na fase anterior da pesquisa Arquitetura e Cultura: transformações urbanas modernas e contemporâneas, foram levantadas as principais obras do arquiteto francês Joseph Gire realizadas na cidade do Rio de Janeiro, bem como sua biografia e trajetória profissional. Nesta fase da pesquisa, estão sendo aprofundados dois ícones catalisadores das transformações urbanas em seus respectivos bairros: o Hotel Copacabana Palace (1923) em Copacabana e o edifício residencial Praia do Flamengo (1923), no Flamengo.

O Morro de Santo Antônio e a Rua da Carioca:
Investigação Digital sobre a Forma Urbana no Século XIX

Nesta etapa, volta-se para o espaço urbano definido por uma das bordas do Morro de Santo Antônio e a vizinha Rua da Carioca. Sendo propriedade dos religiosos desde o século XVI, que ali construíram o convento de Santo Antônio e igrejas até hoje existentes, o morro sempre teve uma ocupação rarefeita, enquanto a cidade ao seu redor apresentava um expressivo crescimento ao longo do tempo. Portanto, voltamos nosso olhar para um trecho da cidade definido pela Rua da Carioca e pela borda do Morro que define um de seus limites, a fim de investigar a forma e as dinâmicas de transformação urbana da área ao longo do século XIX, exatamente no momento histórico em que o Morro de Santo Antônio passa a ser objeto de estudo dentro de uma lógica urbanística.

Métodos Gráficos em Estudos Urbanos:
O Caso da Construção Digital do Município de Paraty

Este trabalho é parte de uma abordagem interdisciplinar que reúne diferentes laboratórios de pesquisa, de diversas escolas da UFRJ, em torno do Projeto de Extensão "Análise, Ordenação e Projeto da Paisagem de Paraty". Neste contexto, o Laboratório de Análise Urbana e Representação Digital participa e contribuiu com sua experiência na representação gráfica e modelagem digital urbana. Portanto, pretende-se apresentar as diretrizes metodológicas que foram discutidas e sistematizadas no processo de construção digital do município de Paraty.

Projetos Urbanos para o Morro de Santo Antônio (1900-1950): Levantamento e Organização Iconográfica

Desde a segunda metade do século XIX, foram elaboradas sucessivas propostas para derrubar os morros do Castelo e de Santo Antônio, localizados na área central do Rio de Janeiro, sem que nenhuma delas fosse concretizada. Na ocasião, com os esforços técnicos e financeiros concentrados no arrasamento do Castelo, o Morro de Santo Antônio, situado nas suas proximidades, foi poupado das forças do "progresso" que procuravam transformar o Rio de Janeiro em uma cidade moderna e cosmopolita. Portanto, esta pesquisa se propõe a documentar os diferentes projetos urbanísticos elaborados na primeira metade do século XX, reunindo os planos detalhados de cada uma das propostas, assim como a documentação iconográfica sobre as transformações do morro, os prédios ali situados e as mudanças acontecidas nas suas adjacências.

Paisagem Gráfica Carioca:
Um Olhar sobre o Centro da Cidade

Esta pesquisa se desenvolve a partir do reconhecimento dos elementos comunicacionais em torno da Esplanada de Santo Antônio. Moradores, trabalhadores e turistas compõem um grande fluxo de indivíduos de diferentes procedências geográficas e bases sócio-culturais, que se utilizam dos sistemas comunicacionais ali presentes. Após a seleção e categorização dos registros iconográficos realizados na primeira etapa, observamos seus aspectos formais, funcionais e simbólicos. Dando continuidade, agora destacamos as comunicações relacionadas aos sistemas de transporte público e de orientação de trânsito e pedestres, identificando questões a serem trabalhadas no sentido de melhorar a experiência dos moradores e visitantes de nossa cidade.

De volta com uma nova abordagem

Depois de algum tempo sem postagens, começamos novamente a falar de nossas atividades, inaugurando uma nova abordagem, da qual os nossos alunos passam a participar ativamente do registro cotidiano das pesquisas que são desenvolvidas no LAURD.

A equipe do laboratório está bem grande. No momento, são 10 alunos de iniciação científica, cinco professores efetivos e um visitante, além de dois outros professores de outras faculdades - PUC e Gama Filho - que são integrados na equipe como pesquisadores enquanto fazem seus doutorados.

Para organizarmos os trabalhos, essa gente toda foi dividida em sub-equipes formadas por um ou mais professores orientadores junto com um grupo de alunos, que ficam trabalhando diretamente com eles. Cada sub-equipe está desenvolvendo um estudo específico, que será apresentado no final do ano na Jornada de Iniciação Científica da UFRJ.

A partir de agora, a equipe do laboratório passa a se reunir toda primeira quarta-feira do mês em um encontro geral, onde a produção do mês de cada sub-equipe é discutida coletivamente, e onde as ideias circulam e são refinadas por todos. Como resultado, os alunos vão escrever um texto falando sobre suas pesquisas, e que vai alimentar nosso blog a partir de agora.

Na próxima próxima postagem, vamos falar um pouco mais sobre os temas que estão sendo estudados, e depois passaremos a palavra para os nossos alunos.